Cia. Cuiteense de Teatro

terça-feira, 5 de julho de 2011

Secretário de Cultura da Bahia reconhece equívocos de Ana Hollanda, mas diz que Ministério não é conservador

O professor da UFBA e Secretário de Cultura da Bahia Albino Rubin, 57 anos, declarou que a Ministra da Cultura Ana Hollanda não pode ser acusada de ter posições retrógradas, “apesar das posições equivocadas com relação aos direitos autorais, cuja legislação não tem relação com a realidade”. A afirmação foi feita durante aula expositiva no primeiro dia do Curso de Gestão e Políticas Culturais que está acontecendo no Espaço Cultural, em João Pessoa, com aulas expositivas e relatos de experiências sobre políticas culturais e o desenvolvimento humano. Ele disse que um Ministério da Cultura contando com nomes como Roberto Peixe, que se mostrou inovador quando foi secretário de Cultura no Recife, Cláudia Leite e Marta Porto não pode ser considerado conservador. “O que existe é um ambiente de crítica pontual, porque em algum momento o Ministério da Cultura pisou na bola, mas não se pode generalizar”, afirmou.
Na sua palestra, Albino Rubin disse que Ana Hollanda não tem culpa pelo fato do Ministério da Cultura dever mais de 150 milhões só aos Pontos de Cultura. “O Governo anterior não repassou os recursos, não honrou editais que foram assinados há dois anos, e isso não pode ir para a conta da nova Ministra”, declarou. Ele disse que o Ministério recebeu como herança da gestão anterior mais de 500 milhões de dívidas pendentes.
Na sua aula, Albino ressaltou seu pensamento de que "a maneira mais fácil de aniquilar uma cultura é colocá-la no isolamento. Preservar a cultura é a pior coisa que existe."  Para ele, a política cultural tem de ter várias vertentes dentro dela. Existe uma política cultural mais ampla, para toda sociedade. De outro lado, tem que existir política também para setores da cultura mais profissionalizados. “São políticas diferenciadas, claro, uma coisa é uma política de teatro para todo cidadão, que não é a mesma política para o teatro profissional”, disse Rubin.
O professor Albino Rubin lançou no evento seu livro “Políticas culturais no Brasil”, sobre as diversas demandas culturais e seus desafios. O Ponto de Cultura Cantiga de Ninar recebeu um exemplar do autor, através do ativista cultural Edglês Gonçalves, destinado à Biblioteca Comunitária Jornalista Arnaud Costa.  
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